SÉRIE CRISTÃOS PERSEGUIDOS: E A IGREJA NO EGITO?





De malas prontas, a família de Wagdi esperava pelo resultado das eleições presidenciais, no Egito. Com a vitória do partido islâmico, Wagdi, sua esposa e seu bebê emigrarão para a Europa. É um tempo de desafios para a Igreja do Egito. Mesmo com a vitória do partido islâmico, ainda há muita incerteza. No entanto, muitos cristãos têm agido como Wagdi e deixado para trás seu país, temendo pelo pior.


Sabemos que "não há autoridade que não venha de Deus" (Rm. 13.1), e que ao longo da história Deus tem usado ímpios para o bem de seu povo, como fez com Ciro da Pérsia (Is. 45.1). Assim, a função dos filhos de Deus é interceder pelas autoridades (1Tm 2.1-2), a fim de que tenham vida tranqüila e pacífica. E nós, cristãos brasileiros, podemos também interceder por nossos irmãos no Egito. Que a fé em nosso Pai seja maior, do que o medo do desconhecido.



CANDIDATO DA IRMANDADE MUÇULMANA VENCE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS, NO EGITO


Mohammed Mursi, (60), candidato do Partido Liberdade e Justiça, braço da Irmandade Muçulmana, venceu as eleições presidenciais, no Egito, com 51,73% dos votos válidos. A Irmandade Muçulmana foi perseguida ao longo de seus 84 anos de história e durante o regime de Mubarak ficou na ilegalidade.



A outra opção de voto para os egípcios era, Ahmed Shafiq, que fora primeiro-ministro durante a gestão Mubarak. Boa parte da população egípcia não queria a eleição de Shafiq, temendo que ele reproduzisse o que foi o regime anterior. Em seus discursos, Mursi fez contínuas referências à Lei Islâmica (Sharia), e a seu projeto de renascimento islâmico ('nahda') em todas as áreas da nação, algo comum para um membro da Irmandade Muçulmana egípcia cujo lema político é "O Islã é a Solução". 


Em seu primeiro discurso, feito ontem, após o resultado final da eleição, Mursi disse que "respeitará os direitos das mulheres e crianças, os direitos humanos e os acordos internacionais". Ele disse também que "não permitirá qualquer tipo de interferência em assuntos internos, protegendo a soberania nacional, e não apoiará interferências em outros países".


Resta saber quais as implicações reais que a escolha de Mursi ao cargo de presidente trará aos egípcios, principalmente aos cristãos, que são minoria e que carecem de direitos e deveres iguais aos demais cidadãos. Resta saber se o novo presidente governará para todos ou para apenas uma parcela da população. O que de fato acontecerá com o Egito e com os cristãos desse país, ainda não sabemos, mas podemos orar pedindo a Deus que abençoe esta nação e Seus filhos.



PEDIDOS DE ORAÇÃO


• Ore para que esse momento de transição politica no Egito seja pacífico e bem sucedido.


• Ore para que o novo governo trabalhe pelo bem de todos os egípcios, independente de suas opções religiosas.


• Peça a Deus que acrescente mais fé no coração dos cristãos egípcios, de modo que alcancem um futuro com mais liberdade e oportunidades.

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