Semeando e cultivando a palavra de Deus.


Semeando e cultivando a palavra de Deus
Leia Mateus 13.1-23


A parábola do semeador



1) Do ponto de vista do SEMEADOR 


a) Visão pessimista: 


De 4 apenas 1 terreno foi frutífero.


b) Visão otimista: 


Esse que frutificou deu 30, 60, 100 por 1.


Verdades:


1. Somos chamados a semear a palavra.


Somos levados muitas vezes a fazer ou deixar de fazer as coisas para Deus por algumas tendências:


- A tendência de acharmos que isto ou aquilo pode não dar certo. 


- A tendência de não considerarmos o tempo de Deus agir. 


Ex: Willian Carey


Inglaterra, século XVIII. Um sapateiro e pregador leigo chamado William Carey sente-se chamado para o trabalho transcultural na Índia. Após muito trabalhar, Carey conseguiu comprar as passagens e embarcou para a Índia numa viagem de navio que durou 5 meses, juntamente com sua esposa Doroty e cinco filhos, o menor com cerca de 3 meses de idade. Permaneceu naquele País durante 41 anos. William Carey labutou sete anos antes de ver o primeiro hindu convertido e batizado.Traduziu a Bíblia inteira para o Bengalês, Sanscrito e Marathí, e o Novo Testamento para várias outras línguas; fundou escolas cristãs, foi usado na conversão de grande número de hindus e na formação de várias Igrejas, além de discipular vários pregadores nativos. Sem dúvida, ele fez a Índia sentir a mensagem do Evangelho, porém, nestes 41 anos de trabalho Missionário.


- A tendência de não agirmos debaixo da orientação de Deus.


Deus nos orientará como, onde e quando semear (pregar a palavra). Atos 16.6-7 - "E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu."


Lembremos: nós semeamos a palavra! Quem faz com que essa semente frutifique é o Senhor. Ele o faz no tempo dele e da maneira dele. Por isso, a palavra continua nos desafiando: Eclesiastes 11.6 - "Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas" 


2. Nem todas as sementes frutificarão.



Há uma realidade triste nessa história. Nem todos que ouvem a palavra darão ouvidos. Nem todos crerão. No entanto, isso não deve ser motivo de desanimo e nem desculpa para que deixemos de semear a palavra de Deus. 


Mesmo sabendo que nem todos darão fruto, não temos o poder de saber quais não darão fruto. Às vezes queremos nos colocar no lugar de Deus e além de semear queremos fazer a semente dar fruto e selecionar qual terreno dará e qual não dará fruto.


No céu teremos duas grandes surpresas: pessoas que pensávamos que estariam, não vão estar. Pessoas que pensávamos que não estariam, e estarão. Que fiquemos surpresos no céu e não no inferno!



3. Os que frutificarem superarão a nossa expectativa.


Como é belo olhar para a obra que Deus faz na vida daqueles que tem um encontro real com Cristo.



Deus toma alguém que não vale nada, totalmente perdido, fadado e condenado ao inferno e o transforma para a glória do Seu próprio nome. E essa transformação é algo tão profundo e tão intenso que logicamente não encontramos explicação.


O maior milagre que Deus opera não é a cura de um doente em fase terminal. Não é a libertação de alguém endemoninhado. Não é a cura de uma doença incurável. Deus faz todas estas coisas e para a glória dEle. Mas, o maior milagre que Deus faz é a transformação do ser humano, retirando o coração de pedra e colocando um coração de carne!


Ezequiel 36.26 – "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne."


Através dessa mudança: da retirada do coração de pedra à colocação do coração de carne, vemos o Senhor acrescentando em nós uma sensibilidade com relação às coisas de Deus e uma aversão ao pecado. A cada dia a mudança que Deus opera em nós, proporcionará que os frutos se manifestem na vida dos que tem sido transformados.


Mateus 13.8 – "Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um."



2) Do ponto de vista do discípulo:


Qual tem sido o tipo do solo do nosso coração?





1. À beira do caminho. (os passarinhos vêm e comem)



Satanás arrebatando a semente do coração de todos os que ouvem e não a compreendem.


De que forma Satanás pode nos fazer perder a compreensão da palavra?



2. Rochoso (a semente frutifica mas por não ter profundidade é queimada pelo sol e morre)



É o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria, mas em vindo a perseguição, a angústia por causa da palavra, logo se escandaliza. É de pouca duração.


O Rev. Hernandes pregou sobre "O perigo de vestir-se com um lençol" Marcos 14.51,52. Esse jovem é um símbolo daqueles que seguem a multidão, mas sem saber direito o que está acontecendo. Ele representa os seguidores ocasionais e os discípulos de plantão. Ele estava seguindo a Jesus, mas sem medir as conseqüências. Ele estava vestido inconvenientemente e despreparado para enfrentar as dificuldades. 


(...) os que se vestem com um lençol são um símbolo daqueles que vivem superficialmente. O lençol era a única cobertura que aquele jovem possuía. Era, portanto, um arranjo, uma proteção superficial. Não havia mais nada além daquilo que era aparente. Quando lhe arrancaram o lençol, não havia mais nada para lhe proteger a vergonha. Há muitas pessoas ainda hoje, que vivem uma vida rasa, descomprometida, superficial. Têm apenas um verniz, uma casca de piedade, mas nenhuma essência de santidade. 


Calvino diz: "A verdadeira piedade só se distingue da falsa quando vêm as provações".


3. Espinhoso (a semente é sufocada pelos cuidados e riquezas desse mundo)



A palavra fica infrutífera no coração daqueles que amam as riquezas e se deixam seduzir por sua fascinação e cuidados do mundo.


1 Timóteo 6.8-11 – "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão."


4. Fértil. (o que ouve e pratica a palavra)


O que ouve e compreende a palavra, dá fruto a 30, 60, 100 por 1.


Será que a palavra que temos ouvido e que tem caído no nosso coração, tem encontrado um solo fértil? De que maneira, a nossa vida e conduta diária pode demonstrar que a semente tem encontra solo fértil em nossos corações?



Muito mais do que vidas que possam ser alcançadas pela nossa, o fruto se manifesta em mudanças de atitude e de estilo de vida que venhamos a ter. São formas de agir que marcam uma verdadeira transformação, fruto da semente um dia plantada, cultivada e frutificada em nossas vidas.


Muitas vezes não temos noção do que uma pequena ação que fazemos pode desencadear de positivo no Reino de Deus.


Ilustração: Um professor de Escola Dominical do século passado conduziu um vendedor de calçados a Cristo. O nome do professor você nunca ouviu: Kimball. O nome do vendedor de calçados que ele converteu você conhece: Dwight Moody. Mood tornou-se evangelista e exerceu grande influência na vida de um jovem pregador chamado Frederick B. Meyer. Meyer começou a pregar nas faculdades e, durante suas pregações, converteu J. Wilbur Chapman. Chapman passou a trabalhar com a Associação Cristã de Moços e organizou a ida de um ex-jogador de beisebol chamado Billy Sunday a Charlotte, Carolina do Norte, para realizar um reavivamento espiritual. Um grupo de líderes comunitários de Charlotte entusiasmou de tal maneira com o reavivamento que planejou outra campanha evangelística, convidando Mordecai Hamm para pregar na cidade. Durante essa campanha um jovem chamado Billy Graham entregou sua vida a Cristo. 


Será que o professor de Escola Dominical de Boston imaginava qual seria o resultado de sua conversa com o vendedor de calçados?



Leia o texto bíblico, logo abaixo:


13.1 Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar; 

13.2 e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. 

13.3 E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear. 

13.4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram. 

13.5 Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 

13.6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 

13.7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. 

13.8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. 

13.9 Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça. 

13.10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? 

13.11 Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. 

13.12 Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 

13.13 Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. 

13.14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. 

13.15 Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. 

13.16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. 

13.17 Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. 

13.18 Atendei vós, pois, à parábola do semeador. 

13.19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 

13.20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; 

13.21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. 

13.22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera. 

13.23 Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.


Rev. Antonio Donadeli

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